Não é fácil falar deste extraordinário OGUM, assimilação de forças do bem sempre a serviço do amor e da caridade, Alto Mandatário do Espaço, Guerreiro companheiro de todas as causas justas e que mereçam a sua interferência. A sessão de Terreiro em que Ogum não estiver baixado, tem propensão à demandas e a firmeza da corrente não é total, embora com isso não se queira dizer que não seja boa. Claro está que todos entendemos que a firmeza da um terreiro é feita pelos nossos irmãos "pretos velhos" sendo OGUM, o Orixá das demandas, presente todas as vezes que se faz necessário a sua vibração. Vamos tentar mostrar este OGUM, nas suas mais diferentes formas. Existem três que podem ser perfeitamente explicadas, não acreditando que exista muita divergência em torno do assunto, já que elementos de grande conhecimento e prestígio na Umbanda, tais como Benjamim Figueiredo, João de Freitas, Decelso, Byron Torres de Freitas, Tancredo da Silva Pinto, esposam este ponto de vista, claro que com pequenas nuances e aí, entra também o meu pensamento, o que afinal ombrear com estes "experts" no assunto, tenho procurado assimilar ensinamentos adquiridos não só pelo estudo, mas também nas sessões práticas de terreiro, em conversas com os Guias, as Babás, Cambonos, Mães Pequenas e tantos e tantos outros trabalhadores da causa. O OGUM, respeitado e querido, trás para cada seguidor, sempre palavras de consolo, mostrando ação quando se faz necessário, caminhando sempre para a Luz, com a sua Espada, simbolicamente levantada a serviço de Zambi, Nosso Pai, de Oxalá e das Forças Divinizadas da Natureza, que no seu conjunto, representam a ascendência da bondade, da inteligência, do amor e da caridade, sobre tudo no mundo e no espaço. Seria, provavelmente eu, o menos indicado para falar do Orixá Ogum.

Editora Eco
96 páginas
Autor: Geraldo Serrano