A Umbanda deverá se expandir horizontalmente e, para que isso
aconteça, cada umbandista deverá ver seu templo refletido em
cada terreiro que ele visitar, e como a Umbanda é amor, assim
deverá se sentir em cada casa de santo que estiver presente, pois
o orixá não está no terreiro ou na religião e sim no coração
de cada umbandista que se reúne com amor para louvar a
Olorum por meio da força da natureza que são os orixás.

“Mi casa, su casa”. Assim, definimos o rumo da Umbanda
enquanto religião de massa, que não deverá crescer verticalmente,
erigindo púlpitos que, ao invés de unir, igualar e agregar,
separam, segregam e afastam uns dos outros, enfraquecendo
o elo da corrente que se inicia em Olorum e se estende até nós,
com o propósito de semear o amor divino e fraternalmente
darmos as mãos e caminharmos numa única direção sem
ninguém a frente ou atrás, mas todos uns ao lado dos outros.

Umbandistas vejam seu irmão como a extensão de seu
amor. Vejam cada terreiro como uma extensão
da sua fé. Veja sua religião e cada terreiro
que a compõe como uma extensão de sua família onde
em seu seio nos sentimos amparados e confiantes.

Que Deus e os Orixás nos abençoem e que desperte em cada
Umbandista um estado de consciência elevado para juntos
e em nome do coletivo venhamos fortalecer a nossa querida
Umbanda e nos tornar definitivamente uma corrente de amor
erigindo em nosso íntimo um altar de paz e fraternidade.

Autor: Pablo Araujo de Carvalho
Editora Anubis
256 páginas